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Haddad Critica Exigências dos EUA e Prevê Recuo do Comércio

Governo aponta que Washington tenta impor condição constitucionalmente impossível

 

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Durante evento promovido pelo Times Brasil e pelo Financial Times, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as negociações tarifárias entre Brasil e EUA estão travadas porque Washington exige que o Executivo interfira no Judiciário, o que a Constituição não permite.

 

No início deste mês, os EUA anunciaram tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, sob a justificativa de perseguição judicial a autoridades, medida que provocou reação em Brasília.

 

Haddad prevê que o comércio bilateral encolha devido à exigência inconstitucional, mas destacou o potencial de cooperação e a intenção do governo Lula de ampliar parcerias em áreas como tecnologia e economia verde.

 

Para mitigar impactos, o governo lançou um pacote de apoio: linha de crédito de R$ 30 bilhões para exportadores; prorrogação de tributos para setores atingidos; redução de impostos sobre exportações, com alíquotas de até 3,1% para grandes e médias empresas e até 6% para micro e pequenas.

 

O Brasil enviará a Washington um relatório sobre investigações em finanças, comércio, meio ambiente, combate à corrupção e propriedade intelectual, em resposta à Seção 301 da Lei de Comércio, que chegou a incluir o PIX e o comércio da Rua 25 de Março.

 

Haddad garantiu o cumprimento das metas fiscais em 2024 e 2026, lembrando que o país já retomou o crescimento, elevou a renda e saiu do Mapa da Fome, embora a redução de gastos dependa do Congresso, dada a maioria de despesas obrigatórias.

 

 

Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda

 

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