top of page

Repressão a protestos contra golpe em Mianmar deixa mortos

Regime militar impõe lei marcial na maior cidade do país


A violência nos protestos contra o regime militar em Mianmar deixou 11 manifestantes mortos no país nesta segunda-feira (15), segundo a agência France Presse. De acordo com relatos, as forças de segurança voltaram a usar munição contra a população civil.


ree

Segundo uma contagem da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de mortos nos protestos contra o golpe em Mianmar chegou a 138 desde o golpe militar, em 1º de fevereiro.


Uma testemunha relatou à AFP ter presenciado o momento em que dois manifestantes foram baleados num protesto em Aunglan. Um deles foi atingido no peito. "Estava bem do meu lado. O outro recebeu um tiro na cabeça", acrescentou.


Diante do aumento da tensão, a junta militar que governa Mianmar declarou lei marcial em seis bairros de Yangon, a maior cidade do país. Isso significa que quem for detido nessas áreas receberá julgamento em tribunal militar e poderá pegar até três anos de trabalhos forçados.


Também por causa dos protestos e do acesso bloqueado à internet, o regime birmanês adiou uma audiência virtual com a principal liderança política de Mianmar, a Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. Com papel central na política birmanesa, a ativista foi detida provisoriamente em casa no dia do golpe.


ree

A junta militar no poder alega que Suu Kyi tem envolvimento com corrupção, entre outras acusações como porte ilegal de comunicadores por rádio e descumprimento das medidas contra o coronavírus. Segundo organizações pró-democracia, há mais de 2 mil opositores do regime presos desde o golpe.


Os protestos se intensificaram nos últimos 30 dias, principalmente depois que uma jovem manifestante foi baleada na cabeça. Mya Thwe Thwe Khine — primeira vítima da repressão aos opositores do regime — morreu dias depois no hospital e se tornou símbolo do movimento pela democracia em Mianmar.


Golpe em Mianmar


Militares de Mianmar tomaram o poder no país em 1º de fevereiro e detiveram integrantes do governo, inclusive a líder política Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz em 1991; e o presidente do país, Win Myint.


De acordo com a agência Associated Press, uma junta militar pretende ficar no governo durante um ano. Eles acusam os governantes depostos de estarem no poder graças a uma fraude eleitoral.


ree

Em novembro de 2020, o partido Liga Nacional pela Democracia venceu uma eleição que opositores, impulsionados por militares, acusam de serem fraudadas — o que o presidente e as lideranças governistas de Mianmar negam.


Fotos: AP Photo - AFP


fonte: G1

Comentários


bottom of page