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Violência contra pessoas LGBTQIA+ em SP cresce 970% em oito anos

Maioria das vítimas é negra e tem menos de 29 anos

 

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Foto: Filmbertrachter / Pixabay

Um estudo inédito divulgado pelo Instituto Pólis nesta segunda-feira revelou um crescimento significativo nas notificações de violência contra a população LGBTQIA+ registradas nos serviços de saúde da cidade de São Paulo. De acordo com o levantamento, o número de casos cresceu 970% entre os anos de 2015 e 2023, totalizando 2.298 ocorrências.

 

As agressões relatadas foram principalmente de cunho físico (45%), seguidas de violências psicológicas (29%) e sexuais (10%). Surpreendentemente, quase metade (49%) dos casos ocorreu dentro do ambiente doméstico, sendo que seis em cada dez vítimas foram agredidas por familiares ou pessoas conhecidas.

 

O estudo também apontou que as agressões foram mais frequentes em bairros periféricos da capital, como Itaim Paulista, Cidade Tiradentes e Jardim Ângela. Além disso, houve um aumento expressivo no número de boletins de ocorrência registrados pela Polícia Civil, chegando a 1.424% no mesmo período, totalizando 3.868 vítimas.

 

Segundo Rodrigo Iacovini, diretor-executivo do Instituto Pólis, o acirramento de narrativas LGBTfóbicas na sociedade e a falta de medidas efetivas de combate a esse tipo de violência contribuíram para esse aumento alarmante. Medidas como tornar espaços públicos mais seguros, capacitar profissionais de segurança pública e promover campanhas educativas são fundamentais para reverter esse cenário.

 

O estudo completo será divulgado no Dia Mundial de Combate à LGBTFobia, em 17 de maio.

 

 

Por Elaine Patricia Cruz

Fonte: EBC


 


 

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